quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

BUARCOS

Buarcos terá sido o primeiro aglomerado populacional do concelho situado junto ao mar, remontando ao período da romanização. O nome “Buarcos” terá surgido, segundo o dicionário de Pinho Leal, devido às casas dos pescadores serem construídas com “bulhos em arcos”. Daí o topónimo “Bulharcos” que, posteriormente, evolui para Buarcos. A separação da vila de Redondos da de Buarcos data do século XIII, por iniciativa dos monges Crúzios. A população de Redondos, situada no interior, dedicava-se à agricultura e exploração de minério enquanto a de Buarcos, cujo núcleo habitacional se situava em redor da fortaleza, tinha como fonte de rendimentos a actividade piscatória. Buarcos obteve foral manuelino em Setembro de 1516 e ao longo dos tempos foi conhecendo um crescente desenvolvimento, facto que esteve na base da reintegração de Redondos, com extinção da câmara daquela vila em 1794. Vila conhecida pela sua intensa actividade piscatória, Buarcos tem vindo a afirmar-se igualmente como destino turístico.

Castelo

O Castelo, outrora designado por “Torre de Buarcos”, foi edificado na Idade Média para servir de ponto de vigilância na defesa da povoação mas também como guia aos navegantes. No século XIX, o que restava do castelo foi demolido por ordem do ministério das Obras Públicas, restando apenas hoje o cunhal da fortificação que se eleva a uma altura de cerca de dez metros.
Sobranceiras à avenida marginal, as Muralhas da Fortaleza terão sido edificadas no reinado de Filipe II (Século XVII). São compostas por duas frentes e serviam para proteger o povoado de ataques exteriores e também das investidas do mar.
No património religioso destaque para a Igreja Matriz, a qual tem como padroeiro São Pedro, santo protector dos pescadores. Criada pela população em 1591, possui painéis de azulejos hispano-árabes do século XVI. A Igreja da Misericórdia foi edificada no reinado de D. Manuel I e recolhia habitualmente peregrinos que passavam por aquelas bandas.
A freguesia de Buarcos possui ainda quatro capelas, duas na vila, uma no Cabo Mondego e outra na Serra da Boa Viagem. Esta última, a de Nossa Senhora da Boa Viagem, é venerada pela população da Serra. No Cabo Mondego, a padroeira é Santa Bárbara, protectora dos mineiros.
Situada no alto da povoação, a Capela da Senhora da Encarnação viu a sua fachada ser reconstruída no século XVIII. Destaque para a sala dos milagres, onde são guardadas as oferendas das promessas e para o retábulo principal, onde a imagem da padroeira aparece ladeada pelas de São Joaquim e Santa Ana.
Fundada pelo povo, a exemplo da Igreja Matriz, a Capela de Nossa Senhora da Conceição data do século XVI, tendo sido alvo de posteriores remodelações nos séculos XVII e XIX. No seu interior, revestido com azulejos de influência holandesa, salientam-se o altar mor e o retábulo, ambos em talha dourada.

Festa de Encerramento

Festa de Encerramento Mais um ano letivo chega ao fim...  Mais uma turma do 4.° ano chega ao fim deste ciclo. Uma nova fase irá começar...  ...